segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Balanço dos Test-Matches

Depois de quatro semanas consecutivas de rugby ao mais alto nível, pensei fazer uma balanço (meramente de espectador de bancada) do que foram, para mim, as coisas boas e menos boas destes Test-Matches de Novembro.

Do lado positivo começo por realçar as excelentes respostas ao haka por parte dos jogadores neo-zelandeses da equipa do Munster, do público inglês em Twickenham e também da selecção do País de Gales, com este último a registar grandes momentos de tensão durante a cerimónia dos All Blacks, algo que já não se via há algum tempo...


Em termos de rugby jogado e dos jogos que vi, destaco a categoria com que a selecção Springbok se impôs em Twickenham, perante um quinze inglês que deixou muito a desejar. Falou-se muito que a época para a África do Sul já ia longa, do cansaço da equipa que se notava de jogo para jogo mas a verdade é que os sul-africanos deram uma verdadeira lição de rugby no seu terceiro jogo, completando uma série de vitórias sobre Gales, Escócia e Inglaterra. A África do Sul, além de ter ganho todos os jogos, ganhou também uma importante aposta que foi a ida de Ruan Piennar para a posição de médio-de-abertura, jogador que sempre esteve algo tapado por Fourie du Preez na posição de médio-de-formação mas que se exibiu a grande altura com a camisola 10 Springbok.


Nos pontos positivos houve também dois pequenos-grandes pormenores que me encheram as medidas. O primeiro foi a meleê australiana que depois de ter sido dizimada pela meleê inglesa no mundial, foi a Twickenham vingar-se da primeira linha adversária, principalmente do gigante Andrew Sheridan que às tantas teve mesmo que ser substituido por não aguentar mais. O segundo foi a maneira como James Hook corrigiu o seu erro grosseiro que ditou a derrota de Gales frente à África do Sul. Tenho a certeza que poucos jogadores têm a capacidade para depois de "entregarem" uma vitória ao adversário, conseguirem continuar o jogo concentrados ao máximo e ainda fazerem uma excelente exibição como fez Hook depois do erro que cometeu. Veja-se o caso de Danny Cipriani que depois de também ter oferecido um ensaio à África do Sul, continuou o jogo jogando desastradamente. Afinal a experiência hoje em dia ainda conta e muito. À atenção de Ian McGeechan...

Do lado negativo acho importante referir a ausência de Gavin Henson dos jogos de Novembro. Com ele talvez as coisas tivessem sido diferentes para o lado do País de Gales. Do lado inglês, confesso que o jovem craque inglês Danny Cipriani me supreendeu pela negativa, pois em 3 jogos pouco fez. Mas sei que é bastante novo e é um grande jogador, não duvido que mais cedo ou mais tarde seja dono e senhor da camisola 10 da selecção inglesa.


Outro aspecto negativo (e não é de agora!), foram as placagens duras e ilegais dos homens das Ilhas do Pacífico. Não houve jogo em que não houvesse um jogador desta selecção que não fosse advertido pelo árbitro e contra a França foi o que foi...

Para finalizar destaco a Argentina que esteve uns furos abaixo daquilo que estava à espera e se os rankings do RWC 2011 não fossem já este ano, talvez não tivessem ficado tão bem colocados como estão.

2 comentários:

Anónimo disse...

danny cipriani apenas atravessa um mau momento, pois e indicado como o melhor numero 10 de sempre ingles. Grande chutador e acima de tudo leitor de jogo, muito forte a fixar a defesa...trabalhador acima de tudo e possui umas maos de ouro que e sem duvida o que o distingue de jonny wilkinson! Este miudo vai vingar no rugby mundiaL.


JFM

Anónimo disse...

o piennar e o du preez podem vir a fazer uma grande dupla!