quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Wilko Vs Cipriani


Apesar dos especialistas terem previsto o afastamento de Jonny Wilkinson não só dos Test matches, como das 6 Nações e da digressão dos British & Irish Lions, Jonny Wilkinson acredita que poderá recuperar da lesão a tempo de lutar pelo seu lugar no próximo torneio das 6 Nações, que terá início a 7 de Fevereiro com o jogo Inglaterra vs Itália.
Embora Wilkinson seja o melhor marcador de sempre de Rugby XV, um jogador que já marcou a história do rugby mundial e capaz de influenciar/condicionar fortemente o jogo de Inglaterra, ultimamente tem sido mais falado pelas suas inúmeras lesões. A última foi na Guinness Premiership em Setembro, quando deslocou a rótula do joelho.

Lista de Lesões
Nov 2003: Fractures a facet joint in shoulder.
Dec 2003: Suffers a recurrence of shoulder injury.
Feb 2004: Specialist advises an operation on shoulder
Oct 2004: Ruled out for up to six weeks with haematoma in right arm.
Jan 2005: Ligament damage to left knee.
March 2005: Medial ligament damage to same knee.
July 2005: SNegritouffers 'stinger’ in arm and shoulder.
Sept 2005: Appendix operation.
Nov 2005: Major operation for groin problems.
Jan 2006: Tears adductor muscle.
Sept 2006: Knee ligament injury.
Nov 2006: Kidney damage.
Sept 2007: Twists ankle.
May 2008: Has surgery on injured shoulder and misses England’s New Zealand tour.

Sept 2008: Suffers knee dislocation


Muitos equacionaram o futuro do jogador que, aos 29 anos, sofreu a 14.ª lesão grave desde 2003. Muitos pensaram que seria a altura de Wilko arrumar as botas.

Mas Wilkinson para além de todo o talento, tem uma motivação, trabalho e espírito de sacrifício fora do comum. Quando falamos de um jogador que não dispensa treinar pontapés aos postes, mesmo num dia frio de Natal, tudo é possível.

Curiosamente, 24 horas após a lesão sofrida por Wilkinson, O jovem Danny Cipriani, 20 anos, regressou recuperado de uma grave lesão no tornozelo. Cipriani já conquistara a titularidade no torneio das 6 Nações de 2008 após exibições menos conseguidas de Wilkinson, em parte devido à enorme pressão que o rodeava, e tem sido apontado como o jogador inglês mais promissor da actualidade. Para além do seu enorme talento, o seu badalado romance com a modelo e apresentadora Kelly Brook (e polémicas relações do passado), as suas noitadas e a sua irreverência contribuem para o seu estatuto de “estrela”.


A verdade é que Cipriani, o lógico sucessor de Wilkinson, teve a sua oportunidade agora nos testes de Novembro e mostrou que ainda não está à altura da camisola 10 da Inglaterra. Cometeu erros, que influenciaram todo o seu jogo, apareceu inseguro as suas exibições foram tão insatisfatória que não deixaram outra alternativa a Martin Johnson senão deixá-lo no banco no último jogo (ainda não foi desta o esperado encontro Danny Cipriani vs Dan Carter), e o jogador que ocupou a posição de abertura, Toby Flood, também um grande jogador, não fez uma exibição suficientemente esclarecedora para assegurar que no próximo jogo a camisola 10 seria sua.

A posição de abertura é importantíssima, não só pela sua intervenção nas jogadas, como pela gestão do jogo e articulação entre avançados e três-quartos (tão contrastantes no jogo inglês).
Cipriani é mais rápido, é eléctrico, dinâmico e criativo a jogar, ataca muito melhor, sabe bem o que fazer quando tem a bola na mão (e adora), solta jogadores em buracos fatais, é visto como um "golden boy" que poderá chegar onde quiser.
Wilkinson usa o jogo ao pé como só ele sabe fazer, tem muito mais segurança e experiência , tem um efeito impressionante na equipa, como se pode ver nos últimos mundiais e agora que a equipa conta com jogadores mais jovens, é para Wilkinson e outros jogadores mais experientes que a equipa olhará. Wilkinson será sempre um herói.

Em 7 jogos, Cipriani marcou 49 pontos, o que dá uma média de 7 pontos por jogo. Por outro lado, Wilkinson, tem uma média de 14.5 pontos por jogo.


Caso Wilko recupere a tempo e Cipriani “cresça” , teremos uma luta interessante pelo nº10, com aquele que é por muitos considerado o melhor médio-abertura de sempre,e o nº10 mais promissor da actualidade.
Caso tal aconteça, a bola estará nas mãos de Johnno (Martin Johnson), que foi o primeiro (e único) europeu a levantar a Taça William Webb Ellis, graças a um magnífico drop a 10s do final do prolongamento, da autoria do seu então colega…. Jonny Wilkinson.

5 comentários:

Anónimo disse...

o cipriani vai ser o melhor do mundo

Anónimo disse...

duvido!!!

Anónimo disse...

No caso do Wilkinson recuperar a tempo, a solução pode passar por pôr o Cipriani a 10 e o Jonny Wilkinson a 12.

O único jogo bom que o Cipriani fez pela Inglaterra foi contra a Irlanda, no último jogo do VI nações em Twickenham, precisamente com Wilkinson a 1º centro depois de ter substituido o Toby Flood.

Aliás, lembro-me de ver um dos primeiros jogos do Wilkinson pela Inglaterra contra a Escócia e jogou a centro tal como o fez também na última deslocação dos British and Irish Lions, portanto a posição não lhe é nada estranha. E para o Cipriani
também deve ser outra coisa ter ao lado um jogador como o Wilko.

Se fosse o Martin Johnsson poria:

9 - Care
10 - Cipriani
11 - Cueto
12 - Wilkinson
13 - Tindall
14 - Sackey
15 - Armitage ( já que o Lewsey já não conta)

Toda a gente falou no miúdo mas esqueceram-se que a dupla de centros inglesa também deixou muito a desejar, então o Jamie Noon...é um bom jogador mas nunca segundo centro! Os pontas também andaram pouco em jogo, safou-se o Delon Armitage lá atrás.

E acho que um dos grandes erros do Johnno foi ter posto tanta malta nova de uma só vez. Se olharmos para a Inglaterra nos últimos anos vemos que as mudanças foram sendo introduzidas aos poucos e poucos, o que não está acontecer desta vez.

Outro problema que me parece preocupante é a falta de liderança nesta selecção. Para um XV titular que já contou com jogadores como o Martin Johnsson, o Dallaglio, Neil Back, Richard Hill e Wilkinson, ter apenas um Steve Borthwick como a principal voz de comando é muito pouco mas o Martin Johnsson também já veio dizer que ele será o capitão no 6 Nações, ele lá saberá mais que eu concerteza...

Cumprimentos

Anónimo disse...

Só mais um acrescento, dos jogos que vi da Inglaterra contra as Ilhas do Pacifico, África do Sul e Austrália, vi um Cipriani fraco na placagem e muito mansinho a defender, ao contrário do Wilkinson que faz da defesa um dos pontos fortes do seu jogo.

stefen jonhs disse...

É verdade, a principal falha do Cipriani é a placagem e é muitas vezes criticado por isso. Durante um treino dos wasps este ano, Lewsey "passou-se" com Cipriani, começou a gritar que ele não se esforçava o suficiente nos treinos, e acrescentou meia-dúzia de murros ao seu discurso, após CIpriani ter falhado uma série de placagens.

(penso que foi antes de fim-de-semana de Heineken Cup, que normalmente tem o efeito de endurecer muito os treinos e levar os jogadores a lutarem muito mais).

mais tarde fizeram as pazes em pleno jogo, para toda a gente ver...

http://www.youtube.com/watch?v=i5pOP48R8Ww


O comentário de Dallaglio, que acompanhou o crescimento de Cipriani nos Wasps:

"Danny is not hurt and he will probably walk into the dressing-room a little more humble and that is no bad thing."